Programa espanhol capacita universitários para trabalharem com desenvolvimento social na administração federal
Os alunos terão oito semanas de programação com aulas nos Estados Unidos, na Espanha e no Brasil
A Fundação Botín, criada na Espanha para promover o desenvolvimento social, elaborou, há seis anos, um programa de fortalecimento da função pública na América Latina. Segundo o diretor-geral da Fundação, Íñigo Sáenz de Miera, o objetivo do programa é ajudar os jovens a reforçarem suas vocações como servidores públicos. Além disso, o diretor afirmou que muitos capacitados pelo projeto estão desenvolvendo iniciativas que tenham impacto nas políticas públicas e em programas sociais hoje em dia.
O programa
O curso é focado em quatro áreas principais — conhecimento para o serviço público: quadro jurídico internacional, economia, filosofia e história; desenvolvimento das aptidões do servidor público: oratória, liderança, inteligência emocional pública e criatividade; atividades que trabalham a vocação de serviço público; e conhecimento de experiência de serviço público. Para participar, é desejável ter vontade de ingressar no funcionalismo, mas o grande diferencial é querer contribuir com projetos sociais que tenham um impacto positivo na sociedade. São oito semanas de aulas na Universidade de Brown (EUA), na Fundação Botín, nas cidades espanholas de Santander e Madri; e na Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro, no Brasil. Todas as edições passam pelos três países.
Os inscritos passam por conferências, debates, fazem trabalhos em grupo, além de conferirem atividades culturais e visitarem instituições públicas para reforçarem o interesse na carreira. Eles também precisam produzir um plano de trabalho que envolva desenvolvimento social. Ao concluir o curso, os participantes se tornam parte da rede de bolsistas servidores públicos, que incluem todos que participaram da iniciativa, independente da carreira escolhida, da Fundação Botín, na qual compartilham informações, oportunidades e projetos entre si.
O programa cobre despesas de viagem, refeições, transporte dentro das atividades, alojamento, seguro de saúde e educação. Não está incluso o custo de vistos ou o deslocamento entre a casa do aluno e o aeroporto. A última edição do curso foi promovida entre outubro e novembro do ano passado, e contou com seis universitários brasileiros.
Na estante
Para a 7ª edição, serão selecionados 32 participantes, com vagas divididas igualmente entre homens e mulheres. As inscrições devem ser feitas pelo site www.fundacionbotin.org até o dia 16 de junho. Para participar, é preciso ser universitário da América Latina, ter de 19 a 23 anos, contar com bom histórico acadêmico e fluência em inglês. Contam pontos experiências em associações que tenham como objetivo o desenvolvimento social. O candidato não pode se formar até a data de início do programa, em outubro. O reitor da universidade do candidato deverá endossar a candidatura
Fonte: Correio Braziliense (notícia)